Depois de meses de preparação, os participantes do projeto Músicos do Elo finalizaram o curso de formação para os estágios nos hospitais. Foram muitos fins de semana de aula desde novembro de 2017, com muito aprendizado e troca de experiências. A primeira etapa do projeto se encerrou em abril e agora os músicos darão início às intervenções em diversos serviços da Santa Casa de São Paulo.

O curso de preparação

Renato Costa, músico e contador de histórias, participa da edição 2017/2018 do projeto desde o seu início. Ele conheceu o Músicos do Elo através de uma amiga e parceira de trabalho, com quem compõe um grupo de espetáculo infantil.

O paulistano conta que o curso o transformou como músico na medida em que a sua percepção sobre a própria música foi alterada. “Primeiro, temos que entender qual a postura do músico. O que ele tem que levar para as pessoas nesse momento? E então passamos por um crescimento, primeiro pessoal de transformação própria e de entendimento das necessidades das pessoas e segundo, de uma quebra de paradigma. Isso porque você não é mais um artista que está lá sendo o centro das atenções”, conta Renato.

O contador de histórias, então, conlcui que a grande mudança ao longo do curso foi a de postura em relação à música: “A música que você tem que levar é uma coisa que vai acalmar e alegrar. Então, não é você ser o músico… É você ser a música, o momento, o ambiente, a alegria, o acalanto, o acolhimento […]  e, assim, tentar entender por um olhar, por um gesto, o momento de cada pessoa”, explica.

Já para Nei Silva, a transformação que o curso trouxe foi outra. Ele atuou como professor no projeto e foi um dos grandes responsáveis pela formação dos alunos. “Curiosamente, eu já tocava para alguns conhecidos e amigos que estavam enfermos. Porém, com a vivência no Músicos do Elo, desenvolvi e ainda desenvolvo algumas técnicas que fazem toda positiva diferença em como abordar e se relacionar com os pacientes”, explica Nei, que já havia participado do projeto em 2013, na cidade de Sorocaba. O professor também conta que o que mais gostou no curso foi a metodologia da aprendizagem de criar instrumentos  com objetos sonoros, além do trabalho em duplas.

Para Renato, a melhor parte do curso foi a dedicação de toda a equipe envolvida. “Todo o conteúdo foi de muita importância pro aprendizado, mas acho que o mais importante foi o amor dedicado por cada um dos colaboradores, dos mestres que estavam ali, pra passar alguma coisa do conteúdo – tanto de humano, quanto técnico e  instrumental – pra gente.”

Os estágios

Com o fim do curso de preparação, a próxima etapa do projeto é a realização dos estágios na Santa Casa. Os músicos atuarão em duplas, por cerca de 3 horas semanais, em diferentes serviços do hospital, como a pediatria e o departamento de cirurgia. Renato conta que a expectativa para esse momento é muito grande: “Depois de todos esses meses em preparação, entendimento e conhecimento, finalmente nós chegamos na hora dos estágios. Então, é um pouco de nervosismo e de apreensão. Mas também é um momento de sincronizar, de se preparar melhor, de estar com a cabeça bem tranquila”, e conclui: “É uma expectativa muito grande, mas muito positiva, de conseguir extrair o máximo de mim mesmo e das pessoas que estiverem envolvidas junto com o meu trabalho. Que tudo seja muito bonito, muito mágico e que a gente consiga passar um momento de coisas boas pra essas pessoas que estão precisando de momentos bons.”

Um comentário em “Primeira parte do projeto é finalizada

  1. E outro dia o Sol
    entrou pela porta…
    Tirando-nos de(os) nós,
    Aquecendo
    em banho de notas.

    Olha só, ao redor,
    as paredes da Santa Casa
    Desdobraram-se,
    Tranformaram-se em asas…

    – Ocupem-Se os corações e os ouvidos!
    De amor enlaço cheguem sempre
    As melodias feitas de amigos…

    Voar…

    E a mainha, dona do sorriso
    E da lágrima doce
    à terrinha por minutos retornou,
    Renovada de vontade, peito cheio…

    Haja amor!

    E aquela temida por representar
    O desequilíbrio que compreendemos
    Em nosso caminhar
    Torna-se apenas o que é

    Parte
    DestArte que é viver

    Nem menor, nem maior,
    Adoecer, regenerar…
    Para ensinar, para aprender

    Que o amor

    Mora dentro,
    Mas cria raízes fora
    Quando reclamado,
    Enquanto compartilhado

    Encantos.

    Obrigada, não… Agradecida,

    Deixo aqui rimas simples, quebradas
    Para aludir a sentimentos delicados…
    Por vozes suaves, gestos e olhares Atentos

    Por quem canta à vida…

    Como disse bem o contador, “ser a música, o momento,
    o ambiente, a alegria, o acalanto,
    o acolhimento”:

    Então,
    Que o Ser seja sempre resignificado!

    Que assim seja,

    Gratidão.

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